Descrição:
Doenças degenerativas
do sistema cardiovascular constituem-se uma dramática liderança
nas estatíticas mundiais de mortalidade e condições
mórbidas com grande repercussão social no mundo moderno.
1] Efeito da hipertensão
arterial sobre o metabolismo do colesterol em monócitos circulantes:
implicações para o desenvolvimento da aterosclerose.
Em andamento desde 2000 Descrição: A hipertensão arterial associada ao estresse quotidiano ocidental, tabagismo, alimentação inadequada e disfunções geneticamente herdadas são fatores de risco para o desenvolvimento da aterosclerose. Por sua vez, doenças degenerativas do sistema cardiovascular decorrentes da hipertensão arterial sistêmica lideram dramaticamente as estatísticas mundiais de morbidade e mortalidade com enorme repercussão social no mundo moderno. Estes fatores guardam em comum o fato de que todos provocam injúria endotelial que desencadeia um desbalanço no metabolismo lipídico da parede arterial. Após a injúria inicial ao endotélio, monócitos circulantes são recrutados para as camadas subendoteliais dos vasos onde passam a acumular lípides transformando-se em macrófagos/foam cells. Contudo, apesar de os desbalanços no metabolismo lipídico serem uma característica marcante da aterosclerose, o mecanismo de disparo destas disfunções não é conhecido. Se, por um lado, a hipertensão arterial sistêmica é um fator de risco para o desenvolvimento da lesão endotelial, o mecanismo envolvido é quase que desconhecido. Evidências apontam para o estresse de cisalhamento (shear stress) provocado pelo fluxo turbulento em alguns territórios como sendo uma possível causa para o desenvolvimento de lesão endotelial na hipertensão arterial. Entretanto, estudos de nosso laboratório sugerem que as alterações hormonais que acompanham o desenvolvimento da hipertensão arterial possam levar a modificações substanciais no metabolismo lipídico de monócitos circulantes desencadeando a formação de macrófagos-foam cells ainda na circulação! Resultados preliminares de nossos estudos indicaram que monócitos circulantes de animais hipertensos (Goldblatt 2 rins 1 clipe, GII) apresentam o dobro das concentrações intracelulares de colesterol e ésteres de colesterol que os controles. Considerando-se ainda que o provável agente causador deste desbalanço lipídico parece ser a angiotensina II, neste trabalho estamos investigando os efeitos da angiotensina II, através de sua interação com receptores AT1, sobre o metabolismo lipídico (síntese de novo, captação e exportação de lípides) por monócitos circulantes em animais normais, hipertensos (GII) controles e tratados com losartan, inibidor específico de receptores AT1 para angiotensina II. Os resultados do presente estudo, além de fornecerem subsídios científicos para uma visão revolucionária do desenvolvimento da aterosclerose, poderão servir como base para o diagnóstico precoce de doenças cardiovasculares e coronarianas obstrutivas antes mesmo do estabelecimento das lesões endoteliais, já que, aparentemenente, as alterações típicas do desenvolvimento da aterosclerose em macrófagos já podem ser notadas ainda com as células circulantes que acumulam excesso de colesterol em animais hipertensos. alunos do Programa: Sueli
Moreno Senna (mestrado)
Financiamento: CAPES/DS (bolsa), CNPq (bolsa) e outra: fundação estadual de apoio à pesquisa (bolsa) |